quinta-feira, 19 de maio de 2016

VAI QUE ACABO DESTRONCANDO O MEU LINDO PESCOÇO?

TRANSFORMANDO O MEU EVENTO EM UM ACIDENTE GRAVE.

Quando recebi a noticia confirmando que o grande amor da minha vida,
viria passar uma temporada em minha casa, fiquei muito feliz.
Emocionada, me lembrei até da passagem bílica que relata o regresso do filho pródigo.
Pensei em picar um tanto de papaizinhos brancos e lançar ao vento para comemorar a sua chegada...Mas achei muito pouco para a ocasião.
Não é bem assim que quero.
Imaginei rodear o telhado da minha casa com lenços brancos, para que fossem vistos de longe.
 Assim, o meu hóspede sentiria logo na chegada, o quanto é amado e bem recebido por mim.
 Mas achei a ideia um tanto bestial e repetitiva para o meu gosto que sempre foi tão refinado.
Então; decidida a diversificar, a partir daquele momento fui para os fundos da casa e passei a treinar feito DAIANE DOS SANTOS.
Imagine uma atleta travada por falta de movimentos físicos, e para piorar o meu desenvolvimento, a
artrose, o reumatismo, a bursite, a tendinite, e tudo que a terceira idade recebe como presente,
por ter vivido até então, passaram a me atrapalhar.
Queria me exibir para os ali presentes, a minha habilidade, jovialidade e alegria pela chegada do meu pai. Mas por tudo que já estava ocorrendo com o meu corpo, resolvi desistir.
Desisti porque vi que na hora que eu fosse dar uma estrela, como fazem nas olimpíadas,
não havia chances de dar certo. e então; iria frustrar a todos, transformando o evento num acidente grave, quebrando o meu pescoço.
VAI QUE ACABO DESTRONCANDO O MEU LINDO PESCOÇO?
E depois, moro numa rua bastante movimentada por carros e posso acabar sendo atropelada bem na frente da minha casa e dos olhos dos meus vizinhos, bem na hora da apresentação.
Acho que vou recebê-lo somente com abraços beijos e...Tenho certeza que não vai faltar o choro.



































                           MARY PEGO

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