quinta-feira, 24 de julho de 2014

Frágil, aos cuidados de:



   Frágil, aos cuidados de:

Aos meus cuidados sempre esteve,

Aos cuidados de minha alma,

Que tem cuidado de ti.

Aos cuidados de minha louca inocência.

Inocência perturbada por não saber de ti.

Inocência por não querer ficar sem ti.

***

Por esperar por ti.

Te espero enfiada no meu próprio desatino,

Desatino no tino de te querer,

Desvairada pra não te perder.

Desatino de perder e não te esquecer.

***

Esquecer em que lugar deixei.

Deixei aos cuidados de quem,

Quem não merece mais que eu.

Frágil, fragilizada e aquém

Delirio



Se eu soubesse atirar;

Me atiraria em seus braços.

Aprenderia o melhor dos jogos;

E me jogava em você.

***

Como fogo ardente;

Me afogaria em seus beijos.

Me deleitaria do prazer.

De conhecer os seus traços.

***

Traços que traçaria a minha vida.

Sem despedidas, sem idas;

Chegadas, festejadas.

Do calor, e no delírio do amor.

domingo, 20 de julho de 2014

MINHA LINDA CURITIBA



                       PARABÉNS!


Sonho com ela!

Jovem, fêmea, moderna e querida.

Deusa reverenciada na lida.

És soberana, Curitiba.

***

Sonho com ela!

Vivencio a vida que tens.

Desabrocha como as flores na manhã.

Minha linda e formosa, Curitiba.

***

Sonho com ela!

Doce bailarina a dançar.

Vaidosa e serena como o nascer do sol.

Exibida e contida no que tens.

Minha eterna e amada, Curitiba.

***

Sonho com ela!

Fria como o calor das chamas.

Acesa como a garoa gelada e soberba.

Uma nuvem de acolhidos deitam em seu manto.

Tudo em ti me faz sonhar.

Minha linda e jovem, Curitiba

                                       Mary Pego

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Hortência



Hortência




Hortência é o nome de uma flor.

A flor que me faz sonhar.

Sonhar acordado.

Sonhar sem estar dormindo.

***

Hortência não é o nome de uma flor.

A flor que imagino ser.

Ser ofegante pelo amor.

Hortência é o nome do meu amor.

***

Hortência é a essência do amor.

Respiro e desmancho de dor.

Hortência é o meu tudo.

Hortência é o verdadeiro amor.

Mary Pego

quinta-feira, 17 de julho de 2014



MEU AMOR


Meu amor por quê choras?

Esses olhos que nadam em lágrimas.

Me encantam tanto que me faz renascer.

Olhos esses, que envolvidos num mar.

Afogam-me em sentimentos bons.

***

Meu amor, por quê choras?

Nunca despeje uma lágrima, amor.

Por alguém que não chora por ti.

Se choras por alguém, amor,

Espero que choras por mim.

***

O meu coração, amor.

Parece o deserto de Saara.

Seco e espaçoso.

Seco, para secar o teu pranto.

Espaçoso, para você deitar e rolar em meus braços.

Mary Pego

segunda-feira, 14 de julho de 2014

   Delfina, uma rapariga formosa, loura, de olhos muito azuis, enfiada em seu vestido com muito babados e rendas, um laço nos cabelos e muita animação e safadeza. Sempre que percebia que estava sendo admirada pela ala masculina, trazia as duas mãos sobre os joelhos, deslizando suavemente de baixo para cima, levando com elas a parte inferior do vestido, deixando à mostra todo pecado feminino.
   Ela era a mais surpreendente conquistadora daquela região.


Extraído do livro; O preço do pecado ( Mary Pego)

sábado, 12 de julho de 2014

Vale de ossos e a reencarnação de Tasko, é uma história romântica, mas não melosa, é romântica num sentido mais idealista, mais forte. Tasko, seu personagem principal quase o tempo todo narra a história sob o seu ponto de vista, o que dá uma maior subjetividade ao enredo. O personagem principal e a autora assim como faz Machado de Assis em seus romances instiga o leitor a acompanhar a história, e como Shaskespeare mistura tragédia com comédia além de ter um “louco” que na verdade luta por seus ideais e clama por justiça.
Os recursos utilizados por Mary Pego são por demais imagéticos, beirando, às vezes, ao narcisismo proclamado pelo cinema e, às vezes, ao dionisíaco como um bom folhetim ou teatro de feira.
No decorrer da trama o corriqueiro se mistura com o sobrenatural, em meio a um dos capítulos, cheguei a pensar se Tasko (“Hamlet”) iria pronunciar a famosa frase “ser ou não ser” para sua “Ofélia – Oksana”, mas assim como a obra renascentista espectador-leitor fica até o fim de a história sem saber se é loucura ou se é estratégia de uma mente inteligente.

Ler o Vale de ossos e a reencarnação de Tasko; parece-me aqueles bons programas de arte para o povo que leva orquestras geniais a tocar sucessos populares para iniciação de público, ou o contrário, como fez o mestre Villa Lobos em que sua genialidade está justamente em misturar o erudito com o popular. De fácil leitura, Mary trás uma história capaz de trazer todas as qualidades e surpresas de uma boa literatura, no entanto, ao alcance de várias faixas etárias e experiências culturais. 

Mary Pego

O meu amor brilha mais que um diamante!